sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Teoria Musical Nivel ( 2 )

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Montar acordes: Tríades

Teoria dos acordes

Até aqui já aprendemos os dois assuntos essenciais para aprendermos a montar e a reconhecer acordes, foram eles a Escala maior e os intervalos musicais. Os acordes são feitos de notas das escalas. O tipo de acorde mais simples é chamado de Tríade, e é feito de três notas, sendo elas a tônica, a terça, e a quinta(se já viu as aulas sobre escalas maiores e intervalos já deverá estar familiarizado com estes termos, se ainda não viu aconselhamos a voltar).
Existem quarto tipos básicos de tríades e cada um com a sua fórmula. É fácil saber as notas que pertencem a qualquer acorde em qualquer tonalidade aplicando a fórmula do acorde às notas da Escala Maior(utilize a tabela da aula sobre escalas maiores). Os quatro tipos de tríades são:
 

Maior=135
Menor=1b35
Aumentado=13#5
Diminuto=1b3b5
 
Ao aplicar a fórmula a uma Escala maior pode encontrar as notas de qualquer acorde. Por exemplo, para encontrar as notas no acorde de Dó maior, primeiro vemos a fórmula dos acordes maiores (1,3,5 - ou seja, a tônica, a terça maior e a quinta justa/perfeita). Depois vá à tabela das escalas maiores que já vimos na aula de escalas maiores e veja quais as notas da escala de Dó maior correspondem à tônicaterça e quinta. Vamos numerar os intervalos da escala de Dó maior:
 
MiSolSi
12345678
        
Fórmula da tríade maior=1,3,5
Então Dó maior=Dó,Mi,Sol
  
 
Quando a fórmula contém um #(sustenido) ou um b(bemol) o intervalo correspondente deve ser aumentado ou diminuído um semitom, dependendo do acidente musical. Olhando para Dó menor por exemplo, podemos ver que os intervalos continuam a ser a tônica, terça, e quinta, no entanto a terça tem o símbolo de bemol na fórmula, então a terça da escala maior de Dó tem de ser diminuída um semitom:
Fórmula da tríade menor: 1, b3, 5
Então Dó menor: Dó, Mib, Sol
 
Se quisermos saber as notas que fazem parte do acorde de Ré menor, primeiro devemos encontrar as 1ª, 3ª e 5ª notas da Escala de Ré maior (veja na tabela das escalas maiores), que são as notas Ré, Fá# e Lá. Como a fórmula das escalas maiores é 1, b3, 5 temos de baixar um semitom ao terceiro grau (Fá#), sendo assim a nota Fá. Sendo assim o acorde de Ré menor tem as notas Ré, Fá e Lá. No caso de Ré diminuto, como vê na fórmula dos acordes diminutos 1, b3, b5, baixamos um semitom ao quinto grau também, passando de Lá a Láb. Sendo assim o acorde de Ré diminuto tem as notas, Ré, Fá e Lá bemol. O mais importante é memorizar as fórmulas dos acordes, mostrados em cima assim conseguirá montar qualquer tríade facilmente.

Montar as tríades na pauta

Agora vamos fazer o mesmo que fizemos em cima mas vamos olhar para a pauta musical. Não se esqueça que deve ver sempre a escala maior da primeira nota do acorde. Vamos montar uma tríade tônica de Ré maior.


A tônica é a primeira nota da escala. Estamos em Ré maior, logo a tônica é Ré. Esta é a primeira nota que escrevemos na pauta. Esta será a nota mais grave do acorde, então o resto das notas serão escritas por cima desta:
Tríade de Ré maior

A próxima nota da tríade é o terceiro grau da escala de ré maior. A terceira nota desta escala é Fá sustenido, então adicionamos esta nota por cima de Ré:
Tríade de Ré maior

A última nota do acorde é o quinto nota da escala, que neste caso é Lá:
Tríade de Ré maior
Aqui está a nossa tríade de Ré maior!

As tríades são sempre feitas a partir da tônica, terceira e quinta notas da escala. Dizemos que as tríades tônicas são feitas de terças, porque o intervalo entre a nota mais grave e a do meio é uma terça, assim como o intervalo da nota do meio com a última nota.


Dinâmica


Dinâmica

As dinâmica na música refere-se ao volume da música - baixo ou alto.
 

Estático ou alterado

Os músicos precisam de saber algumas pequenas palavras para as dinâmicas. Para tornar tudo mais fácil podemos agrupar estas palavras em duas categorias - Estático e alterado.

Uma dinâmica estática significa que toda a música deve ser tocada ao mesmo volume, até ordem em contrário.

Uma dinâmica alterada significa que a música deve começar gradualmente a mudar o volume (aumentar ou diminuir) e continuar a mudar até nova ordem.

 

Dinâmicas estáticas

Utilizamos palavras italianas ou abreviações para indicar dinâmicas estáticas.

PIANO significa "suave", e FORTE significa "Alto".

PIANO é abreviado para a letra p, e forte para a letra f.

MEZZO significa "moderado", e é abreviado pela letra m.

a terminação íssimo numa palavra significa "muito" - pode ser indicado por um duplo p ou um duplo f.
 

Modificar as Dinâmicas

O aumento ou diminuição gradual do volume é indicado com palavras italianas, ou com símbolos.

Crescendo significa "gradualmente mais alto", e é abreviado com cresc.

Diminuendo significa "gradualmente mais baixo", e é abreviado com dim.

As mesmas instruções podem ser dadas pelos seguintes símbolos:

Crescendo Crescendo

Diminuendo Diminuendo



Alguns símbolos musicais

Os símbolos musicais têm diferentes formas e utilidades. Eles são úteis, porque dão-nos informação de uma forma rápida sem termos de ler palavras.

Estes são os símbolos que precisa de saber no nível 1. Assegure-se que no fim consegue explicar estes símbolos em palavras.


Ligadura e linha de fraseado

As ligaduras e linhas de fraseado são muito semelhantes, mas a ligadura junta sempre duas notas iguais, e uma linha de fraseado conecta duas notas de alturas diferentes.
Ligadura - Ligadura. As duas notas deve ser tocadas como uma só nota.

Marca de fraseado - Linha de fraseado. As duas notas devem ser tocadas como uma frase.

Acento

Acento

Acento. Atacamos a nota com mais força quando este simbolo aparece.

Staccato

Staccato

Staccato. Tocamos a nota de forma mais curta.

Pausa

Pausa

Pausa. Seguramos a nota por um pouco mais de tempo que o seu valor.

Crescendo e Decrescendo

Crescendo

Crescendo. Aumentar o volume gradualmente.

Descrescendo

Decrescendo ou Diminuendo. Diminuímos o volume gradualmente.

Repetição

Repetição

Barra de repetição única. Voltamos ao inicio e repetimos até esta barra.

Barras de repetição

Barras de repetição dupla. Repetimos tudo o que está entre as duas barras

Graus das escalas musicais



O que são os graus da escala?


Podemos atribuir um número a qualquer nota de uma escala musical, assim como lhes damos um nome. A este número chamamos grau da escala. Existe uma grande vantagem para tratar as notas de uma escala musical como graus, é bastante mais fácil transpor músicas ou comunicar com outros músicos para passar informações musicais. Por exemplo, se algum músico lhe quiser comunicar as notas de uma certa melodia pode apenas dizer-lhe que são o 3º e 5º graus da na escala de Dó maior. Assim basta ver quais as notas correspondentes a estes graus na escala de Dó maior. Se quisesse mudar para outra escala, bastava utilizar de novo o 3º e 5º graus da nova escala escolhida.

Graus da escala maior

 
Vamos olhar para a escala de Dó maior e ver os graus da mesma, depois iremos mostrar os nomes dados a cada grau:
Escala de Dó maior
Podemos ver então que numeramos as notas de forma ascendente. Assim dizemos que a primeira nota é o Primeiro grau, a segunda é o segundo grau da escala e por assim adiante. Então neste caso, em Dó maior, os graus são:
  • 1º Grau - Dó
  • 2º Grau - Ré
  • 3º Grau - Mi
  • 4º Grau - Fá
  • 5º Grau - Sol
  • 6º Grau - Lá
  • 7º Grau - Si
Agora se alguém lhe dissesse para tocar o 5º grau da escala de Dó maior, você deveria tocar a nota Sol, que é o quinto grau da escala de Dó maior. Os graus da escala também têm um nome próprio, sendo os seguintes:
  • 1º Grau - Tônica;
  • 2º Grau - Sobretônica;
  • 3º Grau - Mediante;
  • 4º Grau - Sub dominante;
  • 5º Grau - Dominante;
  • 6º Grau - Sobredominante;
  • 7º Grau - Sensível;

Escalas de Lá maior, Si bemol e Mi bemol maiores


As escalas maiores são feitas através da sucessão de tons e semitons, com o padrão T-T-S-T-T-T-S. Já vimos as escalas de Dó maior, Ré maior, Sol maior e Fá maior. Agora iremos ver as escalas de Lá, Si bemol e Mi bemol maiores.

Lá maior

A escala de Lá maior tem três sustenidos - Fá#, Dó# e Sol#. Na pauta a escala de Lá maior tem o seguinte aspecto:
Escala de Lá maior

Si bemol maior

 A escala de Si bemol maior contem dois bemóis - o Si bemol e o Mi bemol:
Escala de Si bemol maior

Mi bemol maior

E finalmente a escala de Si bemol maior contem três bemóis - o Si bemol, Mi bemol e Lá bemol.
Escala de Mi bemol

Escalas menores - Menor Natural, Menor Harmónica

Existem três tipos de escalas menores - A Escala menor natural, a escala menor harmónica, e a escala menor melódica. Normalmente aprendemos primeiro a natural e só depois as outras. Decidimos que iremos apresentar as três e mostrar as suas diferenças neste artigo, assim sempre que quiser relembrar as suas diferenças terá aqui as três.

Escala menor natural

Das três escalas menores a escala menor natural é a mais importante decorar, porque se souber esta escala facilmente consegue saber como montar a escala menor harmónica e a escala menor melódica. Iremos utilizar a escala de Lá para dar os três exemplos, então neste caso vamos ver a escala de Lá menor natural. A escala menor natural tem o seguinte padrão de tons e semitons:
T-S-T-T-S-T-T
Vamos ver então na pauta musical as notas da escala de Lá menor natural:
Lá menor natural
Ao aplicarmos este padrão de tons e semitons a partir da nota Lá, obtemos a escala de Lá natural, e podemos reparar que ficámos com todas as notas naturais, assim como na escala de Dó maior. Significa assim que a escala de Dó maior e a escala de Lá menor natural partilham as mesmas notas, então podemos dizer que a escala de Lá menor natural é a escala menor relativa de Dó maior. O que faz a diferença entre ter a escala de Dó maior e a escala de Lá menor natural é a tónica, se a nota Dó ou a nota Lá.

Descobrir a escala menor natural através dos intervalos

Na aula sobre Escalas maiores vimos que esta era a escala mais importante na música, agora vamos ver na prática uma das razões. Uma vez que sabemos a escala maior podemos saber qualquer escala simplesmente decorando as fórmulas dos intervalos de cada tipo de escala. Como vimos a escala maior tem a seguinte fórmula de intervalos:
  1. I - Perfeito;
  2. II - Maior;
  3. III - Maior;
  4. IV - Perfeito;
  5. V - Perfeito;
  6. VI - Maior;
  7. VII - Maior;
  8. I - Perfeito
Sabendo isto e tomando como exemplo a escala de Dó maior vamos ver quais notas correspondem aos intervalos:
  1. Dó - Uníssono Perfeito;
  2. Ré - Segunda Maior;
  3. Mi - Terça Maior;
  4. Fá - Quarta Perfeita;
  5. Sol - Quinta Perfeita;
  6. Lá - Sexta Maior;
  7. Si - Sétima Maior;
Então vamos ver esta fórmula numa tabela simples:

Fórmula da escala maior
12345671
 
Os intervalos que diferem da escala menor natural para a escala maior são a Terça, a Sexta e a Sétima, que são maiores na escala maior e passam a ser menores na escala menor natural. Então teremos esta Fórmula:

Fórmula da escala menor natural
12b345b6b71
 
Se quiser saber qualquer escala menor natural basta ver a escala maior e depois baixar um semitom aos graus 3, 6 e 7. Por exemplo, se quisermos saber a escala menor natural de Dó, primeiro consultamos a nossa tabela de escalas maiores e vemos quais as notas da escala de Dó maior, que são elas:

Escala de Dó maior
12345671
MiSolSi
 
Agora baixamos um semitom aos graus 3, 6 e 7, passando estes intervalos agora a ser intervalos menores:

Escala de Dó menor Natural
12b345b6b71
MibSolLábSib
 
Assim a escala de Dó menor natural tem as notas:
  1. Mib
  2. Sol
  3. Láb
  4. Sib
Esta é a vantagem de decorar as fórmulas das escalas. Ao inicio poderá ter alguma dificuldade, mas basta lembrar-se que a escala menor tem os intervalos terça, sexta e sétima menores, a partir daí basta fazer a comparação com a escala maior e encontrará as notas de qualquer escala menor natural.

Escala menor harmónica

Agora que já vimos a escala menor natural, vamos ver a escala menor harmónica com a mesma lógica que utilizámos na anterior. Vimos que a característica da escala menor natural são a Terça menor, sexta menor, e sétima menor, intervalos que a distinguem da escala maior. A escala menor harmónica é parecida à escala menor natural com a terça menor, a sexta menor, porém com a sétima maior. A sétima maior é a nota característica desta escala, pois é este intervalo que lhe dá uma sonoridade distinta. Se fizermos a comparação da escala menor harmónica com a escala maior, a única diferença está na terça e na sexta. Vamos voltar aos exemplos e montar a escala de Dó menor harmónica. Primeiro vemos as notas da escala de Dó maior:
 
Escala de Dó maior
12345671
MiSolSi

Depois analisamos a fórmula da escala menor harmónica:
Fórmula da escala menor harmónica
12b345b671

Agora aplicamos a alteração nos intervalos necessário, neste caso passamos a terça maior para terça menor e a sexta maior para sexta menor:
Escala de Dó menor harmónico
12b345b671
MibSolLábSi
 
A nota Si, está representada a azul para dizer que é a nota característica desta escala, o que a diferencia da escala menor natural. Não se esqueça que deve sempre decorar as fórmulas e depois basta comparar essa fórmula com a fórmula da escala maior para saber quais notas modificar.

Escala menor melódica

A escala menor melódica é uma escala maioritariamente utilizada na música Jazz. Esta escala é um pouco mais complexa que as anteriores, pois na teoria musical clássica esta escala tem a forma da escala menor melódica quando subimos na escala e a forma da escala menor natural quando descemos na escala. Esta ideia no entanto não é muito utilizada na música moderna.
A escala menor melódica difere da escala menor natural nos graus 6 e 7. Na escala menor natural temos a sexta menor e a sétima menor, na escala menor melódica a sexta é maior e a sétima também é maior. Em comparação à escala maior apenas diminuímos a terça, tendo assim uma terça menor. Vamos lá então às comparações gráficas. Vamos então saber a escala menor melódica de Dó. Como já sabemos começamos por analisar a escala maior de Dó:
 
Escala de Dó maior
12345671
MiSolSi
 
Agora analisamos a fórmula da escala menor melódica:
 
Fórmula da escala menor melódica
12b345671
 
Agora aplicamos a mudança na terça:
 
Escala de Dó menor melódica
12b345671
MibSolSi
 
Mais uma vez as notas a azul mostram as notas que diferem da escala menor melódica para a escala menor natural. Como já dissemos na música moderna utiliza-se a escala nesta forma. No entanto na teoria clássica isto acontece a subir na escala, mas ao descermos na escala utilizaríamos a escala menor natural:
 
Escala de Dó menor melódica forma ascendente
12b345671
MibSolSi
 
Escala de Dó menor melódica forma descendente
12b345671
MibSolLábSib
 
Assim seria a escala menor melódica na sua forma clássica. Esta foi uma aula com uma quantidade mais intensa de informação. É uma boa ideia concentrar-se com calma em cada uma das escala menores. Comece por estudar a escala menor natural por um tempo antes de passar para as próximas, será mais fácil decorar as fórmulas se trabalhar um pouco em cada uma por um tempo. É uma boa ideia criar uma tabela como a que fizemos na aula de escalas maiores e montar todas as escalas menores naturais, só depois de já se ter habituado faça o mesmo com a escala menor harmónica e melódica. Mas repito vá com calma, trabalhe em cada uma com algum tempo pois é muita informação de para assimilar.

Regras nos acidentes musicais

Como já sabe, por vezes temos de adicionar símbolos de sustenido, bemol ou natural além dos que estão na armadura de clave. Isto pode acontecer porque a música muda de tonalidade por breves momentos, ou simplesmente porque soa bem. Ao adicionarmos sustenidos, bemóis ou naturais dentro da música estes chamam-se acidentes. Estas regras aplicam-se a todos os acidentes musicais.

Regras para os acidentes musicais


1 - Os acidentes musicais são sempre escritos à esquerda da nota musical:
Sustenido
 
 - Forma correta;
 
Sustenido errado
 
 - Forma errada;
 
2 - Os acidentes musicais não afetam somente a nota em que estão, mas todas com a mesma altura até à próxima linha de compasso.
Acidentes musicais
Neste exemplo a primeira nota é Dó natural, a segunda Dó sustenido, a terceira também é Dó sustenido devido ao acidente no Dó anterior. Como este só dura até ao próximo compasso, a nota com o número quarto volta a ser Dó natural.
 

Armaduras de clave com acidentes

 
Agora vamos ver o que acontece quando temos uma armadura de clave e acidentes também. Aqui estão dois compassos em Fá maior, cuja armadura de clave tem um bemol, o Si bemol:
Armadura de clave com acidentes
A nota com o número 1 é Si bemol, porque está na armadura de clave. A nota 2 é Si natural pois tem o acidente na nota, a nota três é também natural porque o acidente serve para todas as notas Si até ao fim do compasso. A nota com o número 4 é Si bemol pois já está noutro compasso e a armadura de clave volta a fazer efeito.
 

Acordes de Sétima

 
Até aqui já vimos um tipos de acordes, as tríades. Como vimos as tríades têm três notas, a tónica, a terça e a quinta. Os acordes não se resumem a três notas eles podem crescer e "evoluir". Podemos adicionar qualquer nota a um acorde, mas para já vamos só ver as sétimas, que é o intervalo de terça a seguir à quinta do acorde. Vamos começar por entender a palavra sétima, como vimos nas tríades temos a tónica, a terça e a quinta, terça significa o terceiro grau da escala e quinta o quinto grau da escala, pois bem como deve ter adivinhado sétima significa o sétimo grau da escala.
Estes acordes são formados por uma sequência de terças (intervalo), por exemplo, a terça é o terceiro intervalo da tónica, a quinta é o terceiro intervalo da terça e a sétima o terceiro intervalo da quinta. É importante entender isto para quando vermos os acordes mais avançados. Sendo assim já sabe que basta adicionar uma terça à quinta de uma tríade para ter um acorde com sétima.
Assim como as tríades, existem vários tipos de acordes com sétima (7ª maior, menor, etc). Vamos voltar a montar a escala maior com os respetivos graus e vamos ver as fórmulas para montar os acordes com sétima. Vamos ver o  exemplo da escala de Dó maior.
 
Escala de Dó maior
MiSolSi
12345678
 
Os tipos mais comuns de acordes com sétimas são:
 
  • Acorde de sétima maior: Tríade maior com uma sétima maior.
  • Acorde de sétima menor: Tríade menor com sétima menor.
  • Acorde de sétima dominante: Tríade maior com sétima menor.
  • Acorde meio diminuto de sétima: Tríade diminuta com sétima menor.
  • Acorde de sétima diminuto: Tríade diminuta com sétima diminuta.
 
Agora veremos as fórmulas para cada um destes acordes de sétima:
 
  • Acorde de sétima maior: 1,3,5,7 - tónica, terça maior, quinta justa, sétima maior;
  • Acorde de sétima menor: 1,b3,5,b7 - tónica, terça menor, quinta justa, sétima menor;
  • Acorde de sétima dominante: 1,3,5,b7 - tónica, terça maior, quinta justa, sétima menor;
  • Acorde meio diminuto de sétima: 1,b3,b5,b7 - tónica, terça menor, quinta diminuta, sétima menor;
  • Acorde de sétima diminuto: 1,b3,b5,bb7 - tónica, terça menor, quinta diminuta, sétima diminuta;
 
Agora vamos aos exemplos. Vamos ver por exemplo, o acorde de sétima menor de Dó. Como já vimos na aula de tríades começamos por montar a escala maior da tónica do acorde que neste caso é Dó. Então montamos a escala de Dó maior (já está na tabela de cima). Agora vemos a fórmula do acorde de sétima menor que é:
  • 1,b3,5,b7;
Escala de Dó maior
MibSolSib
12b3456b78
 
Em formato de cifra as sétimas são apresentadas da seguinte forma:
 
Dó com sétima maior= Cmaj7
Dó com sétima menor= Cmin7
Dó com sétima dominante= C7
Dó com sétima meio diminuta= Cm7dim
Dó com sétima diminuta= Cdim7
 
Na escala de Dó maior o terceiro grau é o Mi e o sétimo grau é o Si. Como já vimos estes são graus maiores na escala maior. Então diminuímos um semitom a cada um destes como nos diz a fórmula e obtemos as notas Mi bemol e Sol bemol. Assim sendo já sabemos que o acorde de sétima menor de Dó tem as seguintes notas:
 
Cm7
1b35b7
MibSolSib
 
Então temos , Mi bemol, Sol, Si bemol. Para montar qualquer tipo de acorde com sétima basta seguir este mesmo procedimento e assim terá o seu acorde de sétima.

Tercinas

 
Uma tercina é um grupo de três notas tocadas no tempo de duas. Para vermos como as tercinas funcionam vamos ver um pequeno ritmo no compasso 3/4. Lembre-se que no compasso 3/4, uma semínima tem a duração de uma batida e pode ser dividida em duas colcheias. Por exemplo:
Tercinas



Podemos dividir um tempo em quarto também com a semicolcheia:
Tercinas



Mas se quisermos dividir uma semínima em três partes iguais, temos de utilizar a tercina. Para representar a tercina escrevemos as três notas juntas, neste caso colcheias, e adicionamos o número 3 nessa ligação, veja e sinta o ritmo:
Tercinas


Semínimas Tercinas


As tercinas não têm necessariamente de ser colcheias, podemos ter tercinas com qualquer tipo de notas. Podemos dividir uma mínima em três partes iguais escrevendo três semínimas tercinas, por exemplo:
Tercinas



 

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